Quem nunca ouviu uma das composições desse Maestro? Talvez alguém não ligue o nome à pessoa, mas esse homem é nada menos que o compositor de "Memory"(Cats), "Don't Cry for Me, Argentina" (Evita), "I Don't Know How to Love Him" (Jesus Christ Superstar), The Music of The Night" (The Phantom of The Opera) e várias outras composições tão belas quanto as anteriores.
Compositor e produtor musical, além disso ainda é considerado, por muitos, o maior nome da composição teatral do fim do século XX. Produziu quinze musicais, dois filmes e já acumulou vários prêmios e honras. Os dois musicais que ficaram mais tempo em cartaz, tanto na Broadway quanto no New London Theatre, são The Phantom e Cats, musicais que já foram vistos por mais de 50 milhões de pessoas, cada um!
Sempre adorei as músicas que foram citadas lá no primeiro parágrafo, mas foi só ao assistir The Phantom of The Opera (2004) que despertei e procurei conhecer mais o trabalho desse gênio da música. Realmente acredito que ele é um gênio, as melodias de suas composições são belíssimas, são melodias que emocionam, que transcendem o tempo, tocam a alma e, no meu caso, é como se fizessem "lembrar" de algo não vivido.
É impossível não se emocionar e encantar com essas obras, assim como é impossível que elas não tenham sido criadas por alguém extremamente sensível e apaixonado. Sir Andrew Lloyd, tímido por natureza (parece que todos os grandes compositores são tímidos!), não segue modismos musicais, suas composições têm hoje a mesma qualidade que tinham no início de sua carreira, fins da década de 1960.
Seu primeiro grande sucesso Jesus Christ Superstar, estreou na Broadway em 1971, tendo sido logo depois, em 1973, adaptado para o cinema (pra mim, a melhor entre as duas filmagens), ganhou uma refilmagem em 2001, e já se fala em uma segunda refilmagem para 2014. Uma das mais belas músicas é "I Don't Know How to Love Him", que Maria Madalena canta pra Jesus enquanto ele dorme.
Em 1978 Evita estreou na Broadway e em 1996 foi transformado em filme, tendo Madonna (Evita) e Antonio Banderas (Che Guevara) como atores principais. A cena em que Evita canta "Rainbow High" lembra muito a cena de Judas em Jesus Christ Superstar de 1973, quando ele tenta justificar a si mesmo a traição a Cristo. "Another Suitcase In Another Hall", essa é pra mim uma das mais belas canções desse musical e nitidamente tem a assinatura de Andrew Llowd.
Cats estreou na Broadway em 1981, não foi transformado em filme, mas nem por isso deixa de ser um dos mais belos espetáculos já produzidos. Andrew Lloyd teve a ideia de fazê-lo após ler uma série de poemas de T. S. Eliot sobre gatos - Old Possum's Book of Practical Cats (1939) - que é composto por 15 poemas cada um contando a história ou característica de um determinado gato. Eliot os escreveu ao longo da década de 1920. Na década de 1970, 10 anos após a morte do autor, Andrew Lloyd musicou alguns dos poemas e fez uma versão reduzida de Cats. A viúva de Eliot após assistir a prévia, presenteou o então jovem autor musical com o rascunho de um poema inacabado do marido. Esse poema era a história de Grizabella e foi determinante para a finalização do musical, foi por causa desse poema que foi composta "Memory", gravada por mais de 170 artistas.
Em 1986, foi então produzido e estreou na Broadway "The Phantom of The Opera", baseado no romance de Gaston Leroux, porém independentemente do Maestro, foram produzidos quatro filmes baseados no mesmo romance, em 1925, 1943, 1962 e 1989, apenas a versão de 2004 foi feita com as músicas e sob a supervisão de Andrew Lloyd. Quando o Sir decidiu refilmar The Phantom ele escolheu Joel Schumacher para dirigir o filme, Joel por sua vez escolheu o elenco, ele queria atores jovens, pois assim o romance fluiria mais facilmente, a escolha para o papel de Christine requeria inocência, já para o papel de Erik ele escolheu Gerard Butler e disse ter sido esse o teste mais difícil já que o ator estava muito nervoso, afinal, usando as palavras do próprio Gerry: "Vou cantar Music of The Night para o compositor de uma das músicas mais famosas de todos os tempos! Minhas pernas começaram a tremer." (sei que já citei essa frase em outro post, mas adoro essa humildade!).
Esse é um dos grandes homens que nos encantam. O Maestro conseguiu e consegue mostrar o que a música tem de mais belo, puro e sutil, este é o poder da música, ela iguala emocionalmente as pessoas, ela embriaga e ele conseguiu colocar na partitura essa magia que apenas a verdadeira arte é capaz de produzir. Independentemente do país, da época ou dos costumes, essas músicas serão ouvidas e reconhecidas entre o que há de melhor e mais sublime.
Gloria e Cassinha, muito obrigada queridas pelos comentários sempre carinhosos!Beijos e uma maravilhosa semana a todos!!!