O Maracatu, ou Maracatu-Nação, ritmo que chegou ao Recife com os escravos das várias nações africanas, também se enraizou nessa terra. Com o fim da escravatura no Século XIX, passou a ser visto como um fenômeno típico dos carnavais pernambucanos. É formado por uma percussão que acompanha um cortejo real, que nasceu com a tradição do Rei do Congo. É composto por um Porta-Estandarte, vestido à Luis XV, as Damas do Paço, os Duques e as Duquesas, Príncípe e Princesa, um Embaixador, o Barão e a Baronesa, entre outros, essa corte abre alas para o Rei e a Rainha, que se vestem com mantos de veludo bordados e enfeitados, desse cortejo participam entre 30 e 50 pessoas. A orquestra é composta apenas por instrumentos de percussão.
Após um forte processo de decadência durante quase todo o século XX, nos anos de 1990 o Maracatu Nação voltou a ter importância em Pernambuco e sua musicalidade foi separada da dimensão religiosa herdada das nações africanas. Foi com esse novo contexto que o ritmo ganhou notoriedade, sendo divulgado e exportado para o mundo por Chico Science, o grupo Nação Zumbi e a Banda Mestre Ambrósio.
Na noite da segunda feira de carnaval há o grande encontro dos Maracatus Nação de Pernambuco, é a Noite dos Tambores Silenciosos, sob a regência de Naná Vasconcelos, nesse encontro é preservado o sincretismo religioso. À meia-noite o ritual tem seu ponto máximo, nesse momento todas as luzes do Bairro de São José são apagadas e as pessoas presentes ficam em silêncio. Tochas são acesas e levadas até a porta da igreja de Nossa Senhrora do Terço pelos líderes das várias "Nações".
Há ainda o Maracatu Rural, que nada tem a ver com o Maracatu Nação. Os dois distinguem-se pela organização, personagens e ritmo. Os personagens mais importantes são os Caboclos de Lança, que desfilam com suas roupas coloridas e seu cravo entre os lábios. Sua origem não foi totalmente desvendada, mas teve início nas cidades da Zona da Mata Norte de Pernambuco, sendo a festa de carnaval dos trabalhadores dos canaviais e lá ficou até 1930, devendo sua divulgação e fama à queda dos engenhos de açucar e ao consequente deslocamento do povo para as cidades e o litoral. Nos dias de hoje é comum vê-los e admirá-los nas diversas ladeiras de Olinda e nas ruas do Recife.
Após um forte processo de decadência durante quase todo o século XX, nos anos de 1990 o Maracatu Nação voltou a ter importância em Pernambuco e sua musicalidade foi separada da dimensão religiosa herdada das nações africanas. Foi com esse novo contexto que o ritmo ganhou notoriedade, sendo divulgado e exportado para o mundo por Chico Science, o grupo Nação Zumbi e a Banda Mestre Ambrósio.
Na noite da segunda feira de carnaval há o grande encontro dos Maracatus Nação de Pernambuco, é a Noite dos Tambores Silenciosos, sob a regência de Naná Vasconcelos, nesse encontro é preservado o sincretismo religioso. À meia-noite o ritual tem seu ponto máximo, nesse momento todas as luzes do Bairro de São José são apagadas e as pessoas presentes ficam em silêncio. Tochas são acesas e levadas até a porta da igreja de Nossa Senhrora do Terço pelos líderes das várias "Nações".
Há ainda o Maracatu Rural, que nada tem a ver com o Maracatu Nação. Os dois distinguem-se pela organização, personagens e ritmo. Os personagens mais importantes são os Caboclos de Lança, que desfilam com suas roupas coloridas e seu cravo entre os lábios. Sua origem não foi totalmente desvendada, mas teve início nas cidades da Zona da Mata Norte de Pernambuco, sendo a festa de carnaval dos trabalhadores dos canaviais e lá ficou até 1930, devendo sua divulgação e fama à queda dos engenhos de açucar e ao consequente deslocamento do povo para as cidades e o litoral. Nos dias de hoje é comum vê-los e admirá-los nas diversas ladeiras de Olinda e nas ruas do Recife.
Composto basicamente por homens pobres e batalhadores, o Maracatu Rural é maravilhoso de se ver, emociona a quem assiste. Uma das mais belas músicas feitas em homenagem a esses trabalhadores, que durante o período do carnaval abandonam suas enxadas e as trocam por lanças, foi composta por Antonio Nóbrega (que eu adorooo!!) e Bráulio Tavares, seu nome: "O Rei e o Palhaço", é pura poesia e sentimento. Esse vídeo faz parte do DVD Lunário Perpétuo que é uma verdadeira obra prima desse artista pernambucano. Vale muito à pena asisistir, é um presente para os olhos e os ouvidos!
Uma atração à parte nas festas carnavalescas pernambucanas são os Bonecos Gigantes de Olinda, esses monstros do carnaval já fazem parte das ladeiras olindenses desde 1931, sendo o popular Homem da Meia Noite o primeiro Boneco Gigante da Marim dos Caetés. Hoje em dia os Bonecos são uma representação bem pitoresca de celebridades e alguns políticos, mas os que continuam a encantar essa festa são os tradicionais Homem da Meia Noite, a sua esposa, a Mulher do Dia, Capiba, recebendo a vida das mãos e da arte dos foliões e artesãos olindenses.
Eu, particularmente, não morro de amores pelo carnaval, não faz parte de mim "cair na folia" mas acho maravilhoso observar essa festa de cores e alegria, suas músicas e marchinhas, seus foliões e toda a história que o formou, uma grande bagagem cultural está inserida nas brincadeiras e como pernambucana sinto muito orgulho de dizer: "Recife eu te dou meu coração, meu coração vai nas águas do rio...", música do nosso querido Lenine.
Quem colocar uma sandália nos pés, bastante protetor solar e pegar uma garrafinha de água mineral está mais do que pronto para essa festa, então Pernambuco está esperando de braços abertos pelos muitos foliões dispostos a subir e descer ladeiras e a cantar a plenos pulmões cada um dos "hinos" já consagrados em cada carnaval.
Eu, particularmente, não morro de amores pelo carnaval, não faz parte de mim "cair na folia" mas acho maravilhoso observar essa festa de cores e alegria, suas músicas e marchinhas, seus foliões e toda a história que o formou, uma grande bagagem cultural está inserida nas brincadeiras e como pernambucana sinto muito orgulho de dizer: "Recife eu te dou meu coração, meu coração vai nas águas do rio...", música do nosso querido Lenine.
Quem colocar uma sandália nos pés, bastante protetor solar e pegar uma garrafinha de água mineral está mais do que pronto para essa festa, então Pernambuco está esperando de braços abertos pelos muitos foliões dispostos a subir e descer ladeiras e a cantar a plenos pulmões cada um dos "hinos" já consagrados em cada carnaval.
Como sempre é muito gratificante ler cada um dos comentários, são eles que me incentivam a continuar. Cassinha, Lucy, Roseli, Léia e Moniquinha, muiiiito obrigada pela presença. Léia linda, quando vier não esqueça de me avisar, quem sabe não caio no frevo contigo?
Beijosss e uma semana de muitas alegrias!
Beijosss e uma semana de muitas alegrias!