Sonho com tantas coisas simples e diversas vezes já me refugiei da realidade nesses "lugares" criados pela vontade e pela imaginação. É lá que apenas o Bom e o Belo existem e a miséria, o desrespeito, a ignorância, o preconceito e a maldade deixam de ter vez.
Levo também pra esse mundo as músicas, porque acredito que elas são uma forma de ligação com O Mundo Superior, seja ele como quer que você o imagine. Ah, as músicas das quais falo são as que tocam a alma, as que já existiam antes que alguém as "percebesse" e as tocasse; você reconhece essas músicas? elas te falam ao espírito e ao coração? se sim, então somos iguais; se não, bem, o mundo é feito de diferenças!!

domingo, 16 de junho de 2013

Abrace a Vida!

              Despertar, respirar fundo, sentir o ar, o cheiro, ver as cores do mundo, estar viva!
                 Algo tão natural e que foi o mais belo presente que recebemos: A Vida. Vivemos ultimamente de forma tão mecânica que nem sequer paramos para prestar atenção a esse fato. A correria nos toma por completo e acabamos esquecendo que somos muito mais do que o trânsito, as contas, o emprego e todas as demais obrigações, somos seres humanos com fragilidades, força, coragem, alegrias, melancolias, esperanças e decepções.
                 A dádiva de acordar a cada dia com saúde, devia nos mostrar o quanto somos felizes, mas acabamos esquecendo esse "detalhe" e por vários e reais motivos nos tornamos fragilizados por demais e, invariavelmente, a depressão nos bate à porta, e por sinal, essa visita tem batido em muitas portas!
                Um dos fatores que sempre me colocam em choque e me tiram da introspecção, às vezes tão egoísta, é lembrar das milhares de pessoas que estão passando por algum tipo de sofrimento, seja físico ou moral. Hoje vi uma foto que me sacudiu, uma menininha que havia feito uma cirurgia do coração, tão pequena e já com problemas tão maiores que ela! 
                Não há como não sair da mecanicidade e "perceber" a realidade de estar viva, e nesses momentos uma onda de agradecimento e alegria me invadem, sinto necessidade de abraçar, sorrir, dizer da importância das pessoas em minha vida. Li uma frase de Gabriel Garcia Marquez que diz exatamente isso: "... o amanhã pode nunca chegar. Senão lamentarás o dia em que não tiveste tempo para um sorriso, um beijo e o teres estado muito ocupado para atenderes esse último desejo...". E assim é a vida, deixamos sempre para depois o que é mais importante.
                Se pudéssemos resgatar a essência da infância certamente seríamos mais felizes e agradecidos, afinal o sorriso, a gargalhada de uma criança são contagiantes. Na adaptação que fizeram para o cinema de o livro "O Pequeno Príncipe", no final ele, o príncipe, diz ao aviador:  - "Você irá me ouvir rindo muito mais do que antes, porque numa daquelas estrelas estarei rindo, mas não saberá em qual delas, então todas as estrelas estarão rindo, será como um montão de guizos pendurados em cada estrela do céu." E realmente, ouvir seu riso no final, manda embora a tristeza.
                No livro, Antoine de Saint-Exupéry nos leva à reflexão, nos mostra como, ao nos tornarmos adultos, nos entregamos facilmente às preocupações, deixando de enxergar a importância e a beleza das coisas simples. O Pequeno Príncipe faz com que o aviador relembre como era feliz em fazer desenhos, e através dos olhos dele vemos a beleza da noite do deserto, as flores, a amizade, a importância de cativar e se deixar cativar. 


                A felicidade e a tristeza fazem parte da nossa vida, não há como se esconder, a diferença é como reagimos à última, se baixando a cabeça ou se respirando fundo, colocando um sorriso no rosto (sei que é difícil!) e seguindo em frente. Vou lembrar por muito tempo da foto da menininha, assim como lembro sempre do riso de O Pequeno Príncipe e, claro, dessa música do Gonzaguinha, que, pra mim, é perfeita. Afinal, apesar de tudo,  "eu fico com a pureza da resposta das crianças, é a vida, é bonita e é bonita...."

O que é, o que é?

                Léia, Sandra e Cassinha, muito grata meninas pelos comentários carinhosos aqui e no Face. Fiquei super feliz por vocês terem gostado tanto do artista que é Antônio Nóbrega, acho uma pena a completa falta de divulgação em torno dele, são essas omissões e "escolhas" da mídia que alienam e empobrecem ainda mais o nosso povo.
                 Beijos e uma semana cheia de vida!!!!
                


            
      

domingo, 9 de junho de 2013

O Gênio Antônio Nóbrega.

 Acredito que poucos brasileiros o conheçam (infelizmente!).


       Esse pernambucano, nascido no Recife é, para mim, um dos maiores ícones da cultura popular, o responsável pela redescoberta do valioso tesouro dançante e brincante brasileiros!
       Estudou com o violinista catalão Luís Soler e fez canto lírico, mas foi seu contato com a cultura popular que fez dele um fenômeno. Em 1971, ao receber um convite de Ariano Suassuna para participar do Quinteto Armorial, Nóbrega passou a manter contato com todas as expressões populares, os brincantes de caboclinho, de cavalo-marinho e vários outros, passando a pesquisar e se aprofundar cada vez mais nesse maravilhoso universo da raiz musical brasileira.
      Ele conseguiu dar à arte popular uma roupagem mais universal, que a retirou do pequeno e esquecido mundo do interior, tornando-a conhecida e admirada por todo o mundo. Nóbrega é um artista completo, canta, dança, toca bateria, rabeca, violino, violão, seu show é emocionante, nos catapulta e envolve naquele universo festivo e grandioso que ele sabe criar tão bem. 
      Percorreu quase todo o Brasil, estudando as manifestações populares, e a partir desse envolvimento começou a desenvolver um estilo próprio em artes cênicas, música e dança. Lisboa, Espanha, Paris, Canadá, Cuba, Russia, são alguns dos lugares onde esse músico se apresentou e para onde levou a nossa mais pura riqueza cultural.
      Em 1999 Nóbrega apresentou o espetáculo "Pernambouc" para a França; Em 2000 estreou em Lisboa "O Marco do Meio Dia", que também foi apresentado em Paris, Hannover e várias capitais brasileiras; Em 2003 lançou o DVD "Lunário Perpétuo", que foi eternizado em película e é simplesmente maravilhoso. Entre 2003 e 2005 esse espetáculo foi apresentado em Portugal, Cuba, Russia e França.


       Foi homenageado com a Comanda do Mérito Cultural, ganhou os prêmios "Shell", "APCA" e "Mambembe". O seu espetáculo "Naturalmente - Teoria e jogo de uma dança brasileira", apresentado em São Paulo, foi escolhido pela Folha de São Paulo como o melhor o melhor espetáculo de dança do ano de 2009, ganhando do prêmio "APCA" e eleito pela Revista Bravo como o melhor espetáculo de dança do país, na primeira década do século XXI.

Carrossel do Destino

        Adoraria estar errada quanto ao fato de que poucos brasileiros o conhecem, acredito que estudá-lo nos daria uma visão do quanto é rica nossa cultura, de como nossas raízes e tradições musicais nos tornam um povo com uma grande e bela diversidade cultural.
         Nóbrega procura nos mostrar um Brasil que pouco conhecemos e do qual, com certeza, sentiríamos muito orgulho!


Lunário Perpétuo

O Rei e o Palhaço

    Sandra e Xandinho, fiquei super emocionada com os comentários no post passado, sei que vocês são suspeitos para falar, mas aceito todos os elogios, rsrsrs.
          Beijos a todos e uma semana cheia de luz!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

2 Anos de Blog!!!!

        Gente!!!!! Hoje o blog está completando 2 anos, sei que parece pouco, mas pra mim, que aqui conto o tempo em termos de postagem, é bastante, por isso não podia deixar de fazer um pequeno post.
        Nem parece que foi há exatos 24 meses que coloquei em prática meu gosto (que me acompanha desde a infância) por escrever, coisa que amo, da mesma forma que ler e ouvir música, me conheço um pouco mais nesses momentos.
       Cada uma das postagens publicadas foi como estar em contato com cada uma das pessoas que por aqui passou e deixou seus comentários e recadinhos tão carinhosos e gentis, cada um desses comentários foi um afago na alma, roubou um sorriso e, muitas vezes, me emocionou. Hoje vejo o quanto esse cantinho se tornou importante pra mim, por meio dele me sinto mais próxima de pessoas muiiiito queridas, que talvez nem imaginem o quanto se tornaram importantes na minha vida.
   Falar sobre música, filmes, amizade, amor, sonhos, é maravilhoso, e poder compartilhar  tudo isso é melhor ainda. 
     Muito obrigada a todos pela companhia, adoro "caminhar" ao lado de vocês!


Beijos!!!!!!

        

segunda-feira, 3 de junho de 2013

A Fascinação dos Musicais

        Cinema é magia, mas os musicais são o que há de mais belo e sensível na Sétima Arte!
    Estava querendo escrever esse post desde que assisti "Os Miseráveis" - que eu amei!!! -, lembrei de vários outros musicais que me emocionaram, divertiram e encantaram desde a infância. "O Mágico de Oz", "Um Violinista no Telhado", "Branca de Neve e os Sete Anões", "A Noviça Rebelde", "Mary Poppins", "Grease - Nos Tempos da Brilhantina", "O Fantasma da Ópera", "Cantando na Chuva", "O Rei e Eu", "A Bela e a Fera", "Jesus Cristo Superstar" (de 1973), "Hair", "Xanadu", "Mamma Mia", "Footloose", "Flashdance", "Apenas uma Vez", são alguns dos nomes mais conhecidos desse gênero do cinema, claro que esqueci de algum, mas acho que é impossível lembrar de todos.
        Quantas lágrimas, sorrisos e suspiros resultam desses filmes. A música é, literalmente, a alma dessas obras, são elas que dão vida e beleza a cada cena e a cada olhar, despertando sentimentos que ficam para sempre guardados na memória.
      O estilo veio da ópera, é uma releitura da encenação que inicialmente surgiu em Florença, no século XVI, e que, através do tempo e do espaço, se incorporou ao cenário cinematográfico mundial. Para quem ama música e cinema, não há combinação mais perfeita.
       O musical "O Cantor de Jazz", de 1927, foi um divisor de águas. Na noite da sua estreia, 6 de outubro daquele ano,  a industria cinematográfica sofreu um impacto tão grande que transformou a forma de fazer cinema até os dias de hoje. Naquela noite memorável, em um dos cinemas da Warner Bros, em Nova York, a plateia aplaudia entusiasmada a cada nova canção, era a descoberta de algo completamente diferente e maravilhoso. Ah como, às vezes, eu gostaria de ter vivido naquela época e ter sido uma testemunha dessa revolução!
      "Cantando na Chuva", um clássico de 1952, retrata o ano de 1927 e mostra todos os problemas de se tentar fazer um filme musical quando ainda era muito deficiente a sonorização, afinal era a época do cinema mudo! Ele nos mostra de forma hilária a tentativa de "dar" uma bela voz a uma atriz que não tinha voz nenhuma. Com esse passo, o cinema nunca mais foi o mesmo, ali, em 1927, teve início uma nova era, apenas igualada ao início do próprio cinema, com os irmãos Lumière! 
         Há quem fale que os musicais são a arte dentro da arte, não posso dizer que discordo desse argumento, pelo contrário, já é tão difícil fazer um filme, um cantado então deve ser uma obra de paciência e dedicação totais.

        Já vi algumas entrevistas de atores dizendo da responsabilidade que é encarnar um desses personagens. Russel Crowe, ao falar sobre seus papel em "Os Miseráveis", disse que inicialmente não pretendia aceitar o convite (teria sido um verdadeiro desperdício!), ele acreditava que não seria uma obra que agradaria ao público, mas que depois de te-lo feito agradece o dia em que resolveu aceitar, foi para ele um verdadeiro presente! E claro, para nós pobres mortais também.
          Meryl Streep ao falar sobre "Mamma Mia" admitiu o imenso temor que os atores têm de se expor, de parecerem ridículos ao abrir a boca e soltar o vozeirão. Quantas surpresas agradáveis já tivemos ao ver que um ator ou atriz do qual gostamos detém uma voz digna das telas do cinema? Sei que já falei dele diversas vezes, mas não há como deixar de citar a voz de Gerard Butler em "The Phantom of The Opera", sua beleza vocal complementa e faz o filme ganhar mais vida.


      Filmes emocionantes, encantadores, que nos fazem perceber uma beleza apenas traduzida pela música, assim são essa obras primas, que têm como função principal nos enlevar e tornar nossos corações mais leves e os olhos mais brilhantes (nem que seja de lágrimas, rsrsr).
              Escolhi alguns vídeos dos musicais de que falei, gostaria de poder colocar todos, mas .....


        O Mágico de Oz

Hair

Apenas Uma Vez

         Depois de tudo isso deu pra perceber que eu amoooo musicais né?
         Leia e Rosane, muito obrigada amigas pelos comentários sempre carinhosos, graças a amigas como vocês continuo escrevendo meus devaneios. Beijos!!!!