Sonho com tantas coisas simples e diversas vezes já me refugiei da realidade nesses "lugares" criados pela vontade e pela imaginação. É lá que apenas o Bom e o Belo existem e a miséria, o desrespeito, a ignorância, o preconceito e a maldade deixam de ter vez.
Levo também pra esse mundo as músicas, porque acredito que elas são uma forma de ligação com O Mundo Superior, seja ele como quer que você o imagine. Ah, as músicas das quais falo são as que tocam a alma, as que já existiam antes que alguém as "percebesse" e as tocasse; você reconhece essas músicas? elas te falam ao espírito e ao coração? se sim, então somos iguais; se não, bem, o mundo é feito de diferenças!!

domingo, 30 de setembro de 2012

Andrew Lloyd Weber - O Maestro!

       Quem nunca ouviu uma das composições desse Maestro? Talvez alguém não ligue o nome à pessoa, mas esse homem é nada menos que o compositor de "Memory"(Cats), "Don't Cry for Me, Argentina" (Evita), "I Don't Know How to Love Him" (Jesus Christ Superstar), The Music of The Night" (The Phantom of The Opera) e várias outras composições tão belas quanto as anteriores.
        Compositor e produtor musical, além disso ainda é considerado, por muitos, o maior nome da composição teatral do fim do século XX. Produziu quinze musicais, dois filmes e já acumulou vários prêmios e honras. Os dois musicais que ficaram mais tempo em cartaz, tanto na Broadway quanto no New London Theatre, são The Phantom e Cats, musicais que já foram vistos por mais de 50 milhões de pessoas, cada um! 

        Sempre adorei as músicas que foram citadas lá no primeiro parágrafo, mas foi só ao assistir The Phantom of The Opera (2004) que despertei e procurei conhecer mais o trabalho desse gênio da música. Realmente acredito que ele é um gênio, as melodias de suas composições são belíssimas, são melodias que emocionam, que transcendem o tempo, tocam a alma e, no meu caso, é como se fizessem "lembrar" de algo não vivido.
     É impossível não se emocionar e encantar com essas obras, assim como é impossível que elas não tenham sido criadas por alguém extremamente sensível e apaixonado. Sir Andrew Lloyd, tímido por natureza (parece que todos os grandes compositores são tímidos!), não segue modismos musicais, suas composições têm hoje a mesma qualidade que tinham no início de sua carreira, fins da década de 1960.
         Seu primeiro grande sucesso Jesus Christ Superstar, estreou na Broadway em 1971, tendo sido logo depois, em 1973, adaptado para o cinema (pra mim, a melhor entre as duas filmagens),  ganhou uma refilmagem em 2001, e já se fala em uma segunda refilmagem para 2014. Uma das mais belas músicas é "I Don't Know How to Love Him", que Maria Madalena canta pra Jesus enquanto ele dorme.


        Em 1978 Evita estreou na Broadway e em 1996 foi transformado em filme, tendo Madonna (Evita) e Antonio Banderas (Che Guevara) como atores principais. A cena em que Evita canta "Rainbow High" lembra muito a cena de Judas em Jesus Christ Superstar de 1973, quando ele tenta justificar a si mesmo a traição a Cristo. "Another Suitcase In Another Hall",  essa é pra mim uma das mais belas canções desse musical e nitidamente  tem a assinatura de Andrew Llowd.


        Cats estreou na Broadway em 1981, não foi transformado em filme, mas nem por isso deixa de ser um dos mais belos espetáculos já produzidos. Andrew Lloyd teve a ideia de fazê-lo após ler uma série de poemas de T. S. Eliot sobre gatos - Old Possum's Book of Practical Cats (1939) - que é composto por 15 poemas cada um contando a história ou característica de um determinado gato. Eliot os escreveu ao longo da década de 1920. Na década de 1970, 10 anos após a morte do autor, Andrew Lloyd musicou alguns dos poemas e fez uma versão reduzida de Cats. A viúva de Eliot após assistir a prévia, presenteou o então jovem autor musical com o rascunho de um poema inacabado do marido. Esse poema era a história de Grizabella e foi determinante para a finalização do musical, foi por causa desse poema que foi composta "Memory", gravada por mais de 170 artistas.


         Em 1986, foi então produzido e estreou na Broadway "The Phantom of The Opera", baseado no romance de Gaston Leroux, porém independentemente do Maestro, foram produzidos quatro filmes baseados no mesmo romance, em 1925, 1943, 1962 e 1989, apenas a versão de 2004 foi feita com as músicas e sob a supervisão de Andrew Lloyd. Quando o Sir decidiu refilmar The Phantom ele escolheu Joel Schumacher para dirigir o filme, Joel por sua vez escolheu o elenco, ele queria atores jovens, pois assim o romance fluiria mais facilmente, a escolha para o papel de Christine requeria inocência, já para o papel de Erik ele escolheu Gerard Butler e disse ter sido esse o teste mais difícil já que o ator estava muito nervoso, afinal, usando as palavras do próprio Gerry: "Vou cantar Music of The Night para o compositor de uma das músicas mais famosas de todos os tempos! Minhas pernas começaram a tremer." (sei que já citei essa frase em outro post, mas adoro essa humildade!).


        Esse é um dos grandes homens que nos encantam. O Maestro conseguiu e consegue mostrar o que a música tem de mais belo, puro e sutil, este é o poder da música, ela iguala emocionalmente as pessoas, ela embriaga e ele conseguiu colocar na partitura essa magia que apenas a verdadeira arte é capaz de produzir. Independentemente do país, da época ou dos costumes, essas músicas serão ouvidas e reconhecidas entre o que há de melhor e mais sublime.
         Gloria e Cassinha, muito obrigada queridas pelos comentários sempre carinhosos!
         Beijos e uma maravilhosa semana a todos!!!
        

       

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Sonhar Sempre!!!

          Sonho... essa é uma palavrinha linda, não apenas por causa do que traz em seu contexto, mas pela sua própria pronúncia, tão pequena, tão simples e tão completa. Amo sonhar!!!
          Se dermos uma olhada no que os dicionários trazem a respeito dos sonhos, eles dirão que é ter devaneios, fantasiar, pensar de maneira vaga, imaginar, prever, desejar ardentemente algo. Claro que todas essas colocações estão corretas, mas sonhar é mais do que tudo isso, sonhar é o que nos impulsiona, o que nos dá coragem de seguir em frente e acreditar que somos capazes de conseguir realizar esses sonhos. Nesse ponto sonho se confunde com outra palavra linda: Esperança! As duas parecem ter sido criadas pra andarem juntas, porque não existe sonho sem esperança, assim como não existe esperança em algo com o que não sonhamos.
         Vocês já repararam no olhar de quem sonha com os olhos abertos? É um olhar distante, parece que a pessoa nem está ali, e realmente ela não está, ela está sim no lugar e no tempo onde seu sonho pode se realizar, onde aquele momento de devaneio sai do mundo da fantasia e passa pra o mundo real. 


         Quantos filmes trazem esse tema e acabam por nos fazer sonhar junto com o personagem? Filmes como "O Presente" de 2006, amo quando, ao ser perguntada, Emily (Abigail Breslin) diz: Meu sonho? Meu sonho era um dia perfeito e tô terminando ele...; "Inteligência Artificial" de 2001, onde Spielberg recria o clássico Pinóquio, que sonha em ser um menino de verdade e ser amado; "O Fantasma da Ópera" de 2004 onde Erik (Gerard Butler) só tem um sonho: O amor de Christine; "Sociedade dos Poetas Mortos" de 1989, onde o Mestre (Robin Williams) ensina seus alunos a terem e seguirem seus sonhos; "O Pássaro Azul" de 1940, onde Mytyl (Shirley Temple) tem o sonho a seu lado e não o percebe e "Um Sonho de Liberdade" de 1994 , que retrata tão bem a determinação e a busca por um sonho.
         Claro que há muito mais, há vários outros filmes que poderiam ser citados, e que assim como os anteriores cumprem uma das grandes missões do Cinema: nos fascinar e deixar os olhos brilhando com a determinação de personagens que apesar de todos os problemas sempre persistem na busca de seus desejos. Quantas vezes já não nos reconhecemos em algum desses personagens ou simplesmente o incorporamos aos nossos pensamentos como aquilo que gostaríamos de ser porque eles têm a coragem que gostaríamos de ter? Afinal precisamos de coragem pra realizar sonhos, já que alguns dizem respeito a mudança de vida, de atitude, então se engana quem diz que sonhar é para fracos, nada disso! As grandes mudanças foram feitas por pessoas que sonharam e lutaram pra realizar seus sonhos. 


          Acho perfeita a letra dessa música, afinal precisamos tentar sempre, "basta ser sincero e desejar profundo, você será capaz de sacudir o mundo! Tente outra vez!"
          E você, quais os seus sonhos?
          Roseli, Rô e Lucy (e Lucy de novo, rsrsrs), vocês me emocionam com seus comentários! Beijos!!!

          "Sim, sou um sonhador. Sonhador é quem consegue encontrar o próprio caminho ao luar. Como punição vê o alvorecer antes do resto do mundo." - Oscar Wilde
       



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Sonhos, Inspirações e Dons!

           Às vezes sinto como se eu estivesse completamente vazia de ideias, de pensamentos e de objetivos, parece que nesses momentos apenas a música preenche e fala a minha alma, afinal elas se conhecem há muito tempo....
           Ontem eu estava relembrando canções que em algum momento passaram a existir no mundo físico,  é como se elas estivessem pairando na atmosfera e de repente alguém mais "sensível" as tivesse percebido, elas são tão especiais, que parecem ter uma linguagem própria, uma linguagem sutil, além dessa feita por adjetivos, substantivos e predicados, é algo mais puro, é a essência que apenas o espírito compreende e reconhece. Não digo que todas as músicas, só porque são belas, entram nesse contexto, mas sinto que alguns compositores, de todas as gerações, em algum momento de suas vidas foram presenteados com o que podemos chamar de músicas eternas, aquelas que preenchem um vazio no peito e nos levam a fechar os olhos e vislumbrar esferas melhores.
Imagem captada pelo Hubble, não parece uma nota musical?

          A primeira vez que ouvi a história da composição do "Messiah" de Händel percebi que eu não era louca por ter esse tipo de pensamento, a inspiração que lhe foi dada fez dele um missionário que trouxe à Terra uma composição sagrada, vinda de um lugar onde a bondade, a paz e a beleza são uma constante, quem o visse naquele ano de 1741 perceberia em seu olhar uma expressão distante, ao fim de 21 dias, trancado em sua sala de música, o trabalho estava terminado, era pura exaltação e beleza, seu médico ao ouvir uma passagem na Harpa disse: "Meu amigo, eu nunca ouvi nada como isto, penso que tens o demônio dentro de ti!", Handel, que ainda não podia compreender o que havia acontecido retrucou: "Eu antes diria que tinha Deus junto de mim". Seu biógrafo transcreveu essa frase dita por Handel antes de primeira apresentação do Oratório: "Este trabalho é obra  de alguém fora de mim mesmo e eu nunca poderei aceitar nenhum níquel advindo dele, quanto vier a render esse produto deverá ser revertido em favor de enfermos, pois que eu estava doente e me curei, era prisioneiro e me libertei", ele poderia ter sido considerado louco, não fosse o resultado surpreendente de sua obra. O que mais pode ser isso além de um presente à humanidade, uma  demonstração de quão bela é a arte e como importante é ela em nossas vidas?

          Creio que as esferas superiores vez ou outra, enviam um escolhido que com seu Dom produz obras maravilhosas e assim conseguem nos aproximar um pouco daquilo que somos realmente, mas que em decorrência de nossa vida corrida e dos problemas, acabamos por esquecer. Dizem os nossos cientistas que somos pó de estrela, acredito completamente nessa afirmação, até mais do que eles mesmos, creio nela além de seu sentido material, acredito que somos partícula divina e por esse motivo reconhecemos as dádivas que nos são enviadas, seja em forma de música, de literatura, de descobertas científicas ou de um missionário (independente de sua religião) que vem e nos diz que tudo é Amor. 
         Quantas pessoas ao redor do mundo já "sonharam" com uma canção que nunca antes escutaram, mas em virtude de não terem conhecimentos musicais simplesmente deixam a canção se perder? quantos compositores disseram ter recebido uma obra pronta, como Beethoven, que aos 28 anos de idade perdeu gradativamente a audição, sentido indispensável ao seu trabalho, coincidindo com essa perda a sua melhor produção musical, ele dizia se sentir numa onda de Harmonia, proveniente do foco de inspiração, a qual procurava acompanhar e dela se apoderar, e daí surgia uma sinfonia, dizia assim estar mais próximo de Deus e dos Anjos: "A música é o único acesso espiritual nas esferas superiores da inteligência", dizia ele.
         Quantos cientistas tiveram um visão real da verdade, a exemplo de Einstein, que disse ter vislumbrado (com seus olhos espirituais) com impressionante precisão a imagem perfeita do universo, com sua estrutura no Tempo e no Espaço, tendo readquirido nesse momento a certeza de que andava no caminho certo. O que dizer de Akiane, que começou a pintar aos 6 anos de idade e diz que sua arte é inspirada nas visões do Céu e na sua ligação com o Criador? De onde vem esse talento que diferencia as pessoas?
"Príncipe da Paz", de Akiane, pintado aos 8 anos de idade.

         Como disse Sheakeaspeare (outro missionário!) "Há mais coisas entre o céu e a Terra do que supõe nossa vã filosofia", fico me perguntando se ele tinha realmente noção da grandeza dessa afirmação, da gama imensa de questionamentos que ela representa, e então observando todos os "presentes" e visões oferecidos pelo Criador percebo que as dúvidas e vazios perdem o sentido, esses são apenas momentos em que a alma se esquece de sua origem divina e se perde no turbilhão que nos afasta da Essência. Somos essência divina e nossas vidas são um presente e aquilo que nos tornamos, com ou sem Dons, depende de como a percebemos.
         Lucy, Roseli, Cassinha, Rô e Léia, amei os comentários e já anotei as sugestões da Lucy e da Roseli, são filmes que também amo. Beijos amigas queridas!! 

         

domingo, 9 de setembro de 2012

Estes Homens Inesquecíveis e Seus Filmes Maravilhosos!

       O que há em comum entre a Sétima Arte e as mulheres? A meu ver, são o bom gosto em termos de beleza plástica masculina, a capacidade de reconhecer o carisma, os olhares e sorrisos cativantes que marcam definitivamente o personagem e roubam o coração de fãs em todo o globo. Basta dar uma olhada nos cartazes de filmes antigos e novos, independentemente de terem feito ou não sucesso de bilheteria, praticamente todos eles têm um rosto bonito, claro que levando-se em consideração o momento em que o filme é feito, depois de alguns anos a referência de beleza pode mudar, mas algumas belezas são eternas. Um bom exemplo desse fato é Paul Newman! Mas claro que há outros, muitos outros....
        Precisava escolher de que forma seria feita a seleção, se por meio do filme ou do ator, escolhi falar do filme e então incluir o ator, sei que são muitos filmes maravilhosos em que atuam atores belíssimos, mas se eu fosse escolher os atores e daí os filmes, a lista seria imensa e não entrariam apenas os filmes que amo! Então vamos lá.


        Um dos filmes que eu assistia na infância, na Sessão da Tarde (na época  longínqua em que filmes bons eram apresentados!) e que eu amava era "O Milagre", de 1959 (já falei dele aqui no blog, mas pra quem não leu...) o filme é ambientado na Espanha, início do Século 19, era napoleônica. Era a estória de amor entre um capitão inglês e uma noviça, ele vai à guerra e ela sai à sua procura, então o impossível acontece: Uma imagem que fica no pátio do Convento cria vida, desce do pedestal e ocupa o lugar da Noviça. Durante todo tempo que dura sua busca ela conhece e transforma a vida de outros homens, dois ciganos e um toureiro; romance, tragédia e renúncia são uma presença bastante forte no filme, que é lindo, uma daquelas estórias que arrancam lágrimas (até de uma criança). O ator principal era Roger Moore, então com 32 anos, ele estava belíssimo, eu era apaixonada por aquela perfeição de traços. Pra quem, assim como eu, adora romance, clássicos e filmes baseados em fatos Históricos este é perfeito.



           Outro filme marcante  e que foi vencedor de 4 Oscars, incluindo Melhor Canção Original e Melhor Trilha Sonora, foi "Butch Cassidy and Sundance Kid", de 1969, com Paul Newman e Robert Redford, dois dos mais belos e competentes atores que já passaram por Hollywood. O filme é um faroeste, um clássico que mistura aventura, romance e comédia, ao contar a história verídica de dois apaixonantes ladrões de banco e de trens. Sensibilidade e beleza estão presentes do início ao final do filme, a eterna cena onde Butch e Etta saem na bicicleta é poesia pura, é uma das grandes cenas do Cinema! Mais um filme que nos leva às lágrimas.


Uma das mais belas e sensíveis cenas do cinema, Butch e Etta na bicicleta!


         O filme "Coração Valente" de 1995, ganhador de 5 Oscars, foi dirigido e estrelado por Mel Gibson, é um filme que mostra a batalha pela independência da Escócia do século XIII. O filme fala de paixão, traição, mas principalmente de coragem. A esposa de Willian Wallace é violentada e brutalmente assassinada pelas tropas inglesas, começa então sua busca por vingança, que rapidamente se transforma em luta pela liberdade da Escócia, ele se transforma em lenda, inspirando os cidadãos comuns a pegarem em armas e participarem dessa guerra que mudou o destino do País. 

        Um filme que não trouxe tragédias, mas unicamente romance foi "Pretty Woman", de 1990, é a eterna estória do Conto de Fadas, da Gata Borralheira que conhece e se apaixona pelo príncipe de seus sonhos. O filme conta a estória de uma prostituta que é contratada por um milionário, Richard Gere, para acompanhá-lo em compromissos sociais. Os dois acabam se envolvendo e daí nascem  a cumplicidade, a amizade e um imenso carinho. Acho linda a cena em que ele a leva a para assistir La Traviata e ela se emociona com aquele espetáculo maravilhoso, creio que é naquele momento que ele se percebe apaixonado! Mas existe o preconceito, pessoal e de terceiros, e é contra esse preconceito que eles lutam até que ele chega com seu "cavalo" branco, sua espada e flores para resgatá-la da torre!


        Um outro filme que amo, por sinal já fiz um post sobre ele, mas não podia deixar de citá-lo hoje, "The Phantom Of The Ópera", de 2005, é a estória sobre um amor impossível, entre a Bela e a Fera, fera que usa uma máscara para encobrir um rosto deformado, que é levada a ser cruel pelas circunstâncias e adversidades da vida, que tem um amor imenso dentro de si e quer acima de tudo ver a felicidade da mulher amada. O filme mostra a maldade e o desprezo com que foi criado desde a infância, a solidão e o sofrimento do personagem principal, Erik, representado maravilhosamente bem por Gerard Butler, a obsessão por sua protegida, as crueldades cometidas, acreditando ele, justificadas por esse amor, os bons sentimentos de Erik são totalmente voltados para sua amada, é para ela que ele compõe suas óperas, é por ela que ele vive escondido nos subterrâneos da Ópera de Paris. É uma obra prima, e não tenho a menor dúvida em afirmar ser o melhor musical que já assisti. 


       Há muitos, muitos outros filmes sobre os quais eu gostaria de falar, mas o post ficaria muito mais extenso, deixo esses 5 títulos que amo, com atores que eternizaram os personagens (ou com personagens que eternizaram os atores?) e que sempre serão lembrados assim, jovens e belos, independentemente de quantos anos se passem. 
         Roseli, Léia e Glória (sumida, rsrsr) adoro receber as visitas de vocês e ler os comentários carinhosos deixados, a quem leu e não comentou também meu muito obrigada, espero que tenham gostado e voltem mais vezes, é sempre muito bom poder compartilhar pensamentos! 
         Beijos e uma semana de sonhos a todos!!!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Pavarotti, há 5 anos....

         O tenor que popularizou a ópera, o cantor que foi chamado ao palco mais vezes (165), que gravou o álbum erudito mais vendido da história, a voz que veio a se tornar a mais famosa do mundo: Luciano Pavarotti! Hoje faz 5 anos que sua voz deixou de passar por seus lábios, mas continuamos a ouvi-lo e a vê-lo, graças aos diversos meios de eternização que fazem parte de nosso mundo.
         

                                                                       
         Na verdade seu sonho era ser jogador de futebol (assim como Andrea Bocelli e Julio Iglesias), mas ainda bem que não conseguiu. Sua influência musical veio do pai, que segundo Pavarotti, era um tenor, embora nunca tenha seguido carreira artística. Mas foi ouvindo as gravações paternas que ele iniciou seu treinamento vocal, tendo iniciado seus estudos musicais em 1954 com Arrigo Pola, um tenor profissional em Modena. Em 1955 ele cantou e fez sucesso pela primeira vez, dizendo mais tarde, que essa havia sido a experiência mais importante de sua vida e foi ela que o inspirou a ser um cantor profissional. 
         Mas o Pavarotti do início da carreira não tinha o reconhecimento do Pavarotti ovacionado pelo público, e para se sustentar ele tinha dois empregos, um como professor de uma escola primária e outro como vendedor de seguros... difícil associá-lo a situações que não tenham ligação com a música, pra mim é como se ele sempre tivesse sido o Grande Tenor, mas não foi assim.
         Ele começou sua carreira como tenor em pequenas casas de Ópera regionais, fazendo sua grande estréia como Rodolfo em La Bohéme, no Teatro Municipal de Reggio Emilia, em 1961. A partir desse momento as diversas casas de Ópera da Europa passariam a conhecê-lo e se emocionar com suas apresentações, como a Ópera Estatal de Viena e a Royal Ópera House. Sua estréia na América se deu na Grande Ópera de Miami, em 1965. Mas, como a televisão é o maior meio de difusão, com Pavarotti não seria diferente, em 1977 ele fez sua primeira apresentação televisiva, interpretando Rodolfo, de La Bohéme, em decorrência dessa apresentação ele recebeu inúmeros Grammys e discos de ouro e de platina. Pavarotti, então, começou a ser conhecido do grande público! Mas foi apenas em 1990 que ele se tornou mundialmente conhecido, na apresentação dos Três Tenores com José Carreras e Plácido Domingo, no encerramento da Copa do Mundo em Roma, sendo regidos por Zubin Mehta.



           Nessa mesma década ele lançou o projeto "Pavarotti & Friends", coleção com todas as apresentações entre 1992 e 2000, composta por uma série de shows beneficentes, com participação de músicos como Zucchero, Andrea Bocelli, Bryan Adams, Michael Bolton, Eros Ramazzotti, Jon Bon Jovi, U2, Sting, Caetano Veloso(único brasileiro que participou do projeto e que está no Álbum For Cambodia & Tibet, 2000) e vários outros artistas. É um show pra ser assistido sem pressa, porque nos traz nostalgia e a certeza de que apresentações como essas nos elevam e tornam melhores.



           Sua última apresentação em ópera aconteceu em 13 de março de 2004, no Metropolitan de Nova York, ele apresentou a ópera Tosca, de Puccini, porém a última vez que sua voz ecoou ao vivo foi em fevereiro de 2006, na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Turim. Depois disso o Grande Tenor começou sua batalha conta a doença que o destruiu, câncer no pâncreas.
          Ele recebeu inúmeros prêmios, sendo o último o de Excelência na Cultura da Itália, que foi concedido pelo governo italiano. Pavarotti foi um devotado a sua paixão e transmitiu isso a toda uma geração de seguidores e admiradores, entre eles pessoas famosas ou desconhecidas, por essa devoção ele incentivou as iniciativas do teatro Scala de Milão, com o intuito de organizar o Concurso Internacional de Canto Luciano Pavarotti, afinal ele dizia: "Sempre pensei que o entusiasmo, a devoção e o ânimo que transmitimos aos jovens são nosso verdadeiro valor e nossa força." Penso que Pavarotti foi um missionário, e sua missão, que ele desemprenhou tão bem, era divulgar uma arte esquecida e inacessível, a Ópera e toda beleza, emoção e paixão que ela representa.

          Saudades do Grande e eterno Tenor!

          Pra não deixar passar em branco, dia 5 nosso querido Freddy Mercury teria completado 66 anos, não fiz um post em homenagem a ele por já ter feito dois no ano passado, um em homenagem a seu aniversário de 65 anos, aqui, e o outro pelo aniversário de 20 anos de seu desencarne, este, para nós fãs, ele sempre estará presente, nos encantando, alegrando e vivendo!
          Cassinha e Léia, beijos e obrigada pelos comentários queridas!!!!


domingo, 2 de setembro de 2012

Sucesso?

       Por que será que a alienação musical está conseguindo contaminar tanta gente? Por que será que músicas e cantores que têm algo de belo e verdadeiro a dizer estão caindo no esquecimento?
       Eu estava lembrando de uma entrevista que assisti há uns anos com Oswaldo Montenegro, ele falava que seu público achava que quando ele chegava em outro país para cantar fazia sucesso imediato, ele riu, disse que esse tipo de coisa só acontecia com Chico Buarque, Milton Nascimento, Caetano, esses Monstros da nossa música, eu não acreditei na hora, afinal como podia Oswaldo Montenegro (que eu adorava e adoro!) não fazer tanto sucesso?  
       Hoje, quando vejo matérias de jornais, revistas ou televisão mostrando o estrondoso "sucesso" que ditos cantores como Michel Teló, Thiaguinho(????) e Luan Santana, fazem aqui e lá fora eu é que acho engraçado, seria realmente cômico se esse modismo (espero que seja um modismo, se bem que está demorando a passar), essa alienação musical não estivessem diretamente ligados à falta de educação (doméstica ou escolar) e à falta de consciência da população, todos sabemos que é muito mais fácil manipular um povo que não tem consciência. 

      
       Tá certo que a cultura é dinâmica, mas daí  a querer transformar letras imorais ou com duplo sentido em cultura... por favor! Acho que nem a Antropologia explica. Me pergunto se quem escuta e gosta desse tipo de "música" já se deu ao trabalho de ouvir Lupicínio Rodrigues, Clara Nunes, Beth carvalho, Gonzaguinha, The Platters, Elvis, Queen, U2, Arrigo Barnabé, Adele, Aerosmith, Cold Play, Oasis, Guilherme Arantes, Flávio Venturini, Antonio Nóbrega, Villa Lobos, Bach, Vivaldi, tem opções pra todos os (bons) gostos, ninguém pode dizer que os estilos musicais não são variados, então não é por esse motivo! A arte, nesses casos, não é pura mercadoria com prazo de validade, o que importa é a qualidade, a beleza, o conhecimento que pode ser adquirido ou simplesmente a emoção, a leveza e alegria que trazem à vida.

        Infelizmente a indústria da cultura ganhou bastante terreno, e não é só aqui no Brasil, nos Estados unidos o "Funk" já dominou o mercado, aqui esse tipo de baile já se espalhou pelo país e não há como negar a participação de marginais e do próprio crime organizado nessas manifestações, outro estilo que chegou e contaminou, o "Brega", é tema de novela, toca em todas as rádios, nos transportes públicos, não tem como não ouvir, pra quem gosta é o paraíso, pra quem não é uma lavagem cerebral que fica martelando na cabeça da gente, um dia ouvi alguém dizer e na época não entendi, mas hoje entendo bem: "Não sei porque coisa ruim pega tão fácil." sábia frase!

Marisa Monte, Rod Stewart, Fred Mercury e Oasis, amo!

       Mas, ainda bem que existem os heróis, aqueles que apesar da mídia e do rumo serem inversos, ainda compõem, cantam e nos emocionam com suas obras. Por falar nisso na década de 1980 existia uma banda, os "Heróis da Resistência", eles não imaginavam o quanto esse nome era profético!
        Cassinha e Léia, queridas, obrigada pelos comentários e Rô, obrigada amiga pela tua grande generosidade!
         Beijos e uma maravilhosa semana!