Sonho com tantas coisas simples e diversas vezes já me refugiei da realidade nesses "lugares" criados pela vontade e pela imaginação. É lá que apenas o Bom e o Belo existem e a miséria, o desrespeito, a ignorância, o preconceito e a maldade deixam de ter vez.
Levo também pra esse mundo as músicas, porque acredito que elas são uma forma de ligação com O Mundo Superior, seja ele como quer que você o imagine. Ah, as músicas das quais falo são as que tocam a alma, as que já existiam antes que alguém as "percebesse" e as tocasse; você reconhece essas músicas? elas te falam ao espírito e ao coração? se sim, então somos iguais; se não, bem, o mundo é feito de diferenças!!

domingo, 7 de agosto de 2011

Nosso País é Musical!

          Dia desses percebi (sabe olhar e não enxergar?) como o Brasil é rico em gêneros musicais, é bem óbvio eu sei, mas nunca havia parado pra racionalizar esse assunto, tem músicas pra todos os gostos e todas elas são perfeitas no que trazem, o Samba, o Choro, a Bossa Nova, a MPB, o Pagode, o Frevo, isso só falando em alguns gêneros da segunda metade do século XX, porque se a gente voltar mais no tempo.... é assunto pra outro post.
        Quem nunca ouviu falar de sambistas como Cartola, Noel Rosa, Pixinguinha? Mesmo quem não sabe que músicas foram feitas por esses homens com certeza já cantarolou alguma que nem sabe que é deles. Acho que todo mundo conhece, na voz de outros cantores "As Rosas Não Falam", de Cartola, "Com Que Roupa?" de Noel Rosa e "Rosa" de Pixinguinha, que Marisa Monte canta divinamente. A Bossa Nova, que se originou do samba, é outro estilo maravilhoso, cantada por João Gilberto, Tom Jobim, o Poetinha. O marco inicial desse estilo se deu em 1958, quando João Gilberto tocou "Chega de Saudade" com uma batida diferente de violão.  A MPB, como forma abrangente, surgiu ainda no período colonial do Brasil, era a mistura de nossas raízes musicais, mas a MPB como conhecemos hoje foi criada em 1966(e eu amoooo), com a segunda geração da Bossa Nova, que já estava passando por um declínio.
          De um ponto a outro do país nossa diversidade musical é surpreendente, o Frevo, cantado no Recife e Olinda, é mesmo de ferver, que foi o verbo que deu origem ao termo. Músicas como "Frevo" que Chico Buarque canta tão bem, "Frevo nº 1 do Recife" que na voz de Maria Betânia é um sonho, quando ela começa com "Ai, ai saudade...." dá realmente uma saudade de algo não vivido, ou quem sabe vivido e esquecido.
          Gente, o Brasil é o país da música, da boa música, a sensibilidade de nossos compositores e cantores é muito grande. Não canso de ouvir Lenine, Raul Seixas, Emílio Santiago, Oswaldo Montenegro, Milton, Elba ramalho, Zé ramalho, Renato Russo, ufa, enfim, são tantos que a lista ficaria imensa. Minha querida Ana citou num comentário no post anterior: "porque ele(a) já deixou o palco? E aquela música que eu ainda queria ouvir?" Dos que ainda estão conosco podemos esperar novos trabalhos a qualquer instante, como o novo CD do Chico que tem 8 canções inéditas (Fico imaginando como ele -Chico Buarque- mesmo depois de tantas criações musicais maravilhosas ainda consegue colocar a alma no seu trabalho!) mas compositores que já se foram como Renato, Raul Seixas e Gonzaguinha nunca mais nos darão o presente de suas criações "e aquela música que eu ainda queria ouvir?????"


          E se? E se? E se ao invés de terem seguido essa carreira tivessem feito qualquer outra coisa? Não consigo me imaginar sem cantarolar "Sangrando", "Caminhos do Coração", "Tente Outra Vez", "Maluco Beleza", "Metal Contra as Nuvens", "Índios", "Leão do Norte", "Fim de Jogo" e tantas outras músicas brasileiras que seja em um ou outro estado de espírito sempre conseguem tocar o coração. Às vezes basta ouvir o início de "O Livro dos Dias" do Renato e as lágrimas teimam em cair, outras vezes essa mesma música traz o pensamento: Ele era um gênio! Já o Raul era aquele Maluco que conseguia, com suas letras, tão diferentes umas das outras, falar de amor, medo, traição, felicidade e infelicidade, todos sentimentos puramente humanos, então ele não tinha nada de maluco, era bem mais normal do que queria parecer. Ouvir o Lenine cantando "Leão do Norte" tira qualquer um da depre, dá vontade de tirar os móveis da frente e sair rodopiando pela casa, é uma daquelas músicas que fazem com que os pés tenham vontade própria. Não posso falar em Lenine e esquecer Antônio Nóbrega (que também adorooo), músico com formação clássica, discípulo de Ariano Suassuna, violinista do Quinteto Armorial, ele conseguiu reunir arte popular com sofisticação, pra mim é outro gênio, sei que poucos o conhecem mas tenho certeza de que quem se der ao trabalho de ouvi-lo cantar vai também amar esse compositor, dançarino e ator que tanto lembra Chaplin.
        Vou deixar o Lenine cantando Leão do Norte, que é o "Hino" não oficial de Pernambuco. Beijosss e uma semana maravilhosa e cheia de ritmos.


        
         
          

7 comentários:

  1. Muiiito bommm! Eu adoro musica... até tenho uma cantora em casa!!! rsrsrs Lindo o post!!! E esta musica do Lenine... perfeita!!!Belissima escolha!Beijos querida! :)

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  2. Pois é, amiga! O Brasil é um país que, infelizmente tem tantos problemas, tanta corrupção, mas mesmo assim há tanta riqueza musical. Acho que por termos tanta diversidade musical de ótimo nível é que o povo ainda sorri, pois a música nos faz esquecer as vicissitudes, elevando os nossos pensamentos e reacendendo as nossas esperanças.
    Sinto saudades do Gonzaguinha, Clara Nunes, Nara Leão, entre outros, fazem muita falta... Certamente estão encantando os Anjos, num lugar muito melhor do que este.
    Já pensou, chegarmos no além-vida e sermos agraciados com a possibilidade de assistirmos a um show desses? Bom demais!
    Beijinhos

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  3. Cassinha querida!!
    Muito obrigada pelo carinho e por divulgar o blog, você é um anjinho! Música é muito bom, o mundo seria tão sem graça sem ela, rsrsrs. E essa cantora que você tem em casa? quero ouvi-la. Beijosss!!

    Lucy linda!!
    Voltando ao que você falou no post anterior também não tive muito acesso à música na minha infância, lembro que tinha mania de cantar enquanto almoçava ou jantava e todo dia ouvia reclamação... era muito chato, mas na adolescência me "vinguei", rsrsrs, e voltei a ouvir e descobrir os grandes compositores, dentre eles The Platters, que amo.
    Também sinto muitas saudades dos músicos que já se foram e fico pensando no que a Ana escreveu, mas concordo com você, eles devem estar cantando num lugar bem melhor que esse em que vivemos, afinal, assim como a matemática, a música também é universal.
    Beijos amiga!!!!!

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  4. Que post muito bonito, adorei...
    É que com as músicas que eu escrevos os versos
    É assim que eu tenho inspiração, escutando uma melodia boa as coisas flui, e quando é de qualidade como o Lenine não tem como não ter uma inspiração, outra música muito boa do Lenine é Paciêcia.

    Com a música você pode salvar uma vida!

    Beijos e boa semana.!

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  5. Nadja, como sempre seus posts são recheados de emoção, já que falar de música é falar de emoção.
    Mas, nesse especificamente, você tocou no meu ponto fraco, pois você lembrou várias personalidades que me tocam fundo e são eternas saudade.
    O Renato Russo é uma delas. Através de suas músicas, ele se comunicava como ninguém para uma geração, da qual me incluo. Assim como o Raul, Renato também falava de amor, medos, solidão, esperança, futuro, enfim, dos conflitos de um modo geral tão presentes na juventude. E era tudo o que a gente queria e precisava ouvir naquela fase de nossas vidas. Afinal éramos tão jovens... Mas ele teve que ir embora “tão cedo” e ficou um grande vazio que só não é maior, porque pode ser preenchido com a rica herança musical que ele nos deixou.
    Amiga, complementando seu repertório de personalidades inesquecíveis, eu citaria também Lupicínio Rodrigues e Elis Regina. Lupicínio, com suas canções melancólicas, expressava muito bem a “dor de cotovelo” e nos deixou verdadeiras obras primas, como: Esses Moços, Volta, Loucura, Nunca, Nervos de Aço, dentre muitas outras que foram imortalizadas por intérpretes de nossos tempos. E a “Pimentinha” dispensa comentários, pois ainda temos o prazer de escutar sua voz nas trilhas sonoras de novelas exibidas atualmente, como em “20 Anos Blues” na novela Insensato Coração.
    E pra não dizer que só falei nos mortos, lembro também de Nana Caymmi: Quem não viaja na interpretação de “Resposta ao Tempo”? Maravilhosa...
    É Nadja, realmente nosso país é mesmo muito rico, principalmente nessa área, pois são tantos os nomes, que ficaríamos o resto do ano lembrando.... Mas, como você disse, são assuntos para os próximos posts. Um grande beijo amiga e até lá...

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  6. Pois é a música é vasta atravessa fronteiras e vai além, mas desde garotinha meu gosto sempre foi pela música brasileira não só por patriotismo mas também pela qualidade do seu poder em mexer com ego, mix de sentimentos. Fica extremamente dificil classificar o melhor genero, compositor, voz. O que sei é que tenho muito orgulho de está num país rico também em música.

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  7. Agora viajei no teu post, percorrendo todas essas músicas através de décadas de compositores e cantores maravilhosos. Coincidentemente, como a Ana, lembrei de Lupicínio Rodrigues, que tb fez parte dessa geração mais antiga e que os mais novos já nem devem saber quem era.O que é uma pena. São gênios musicais que mereceriam um post só para eles, revirando a memória da nossa música. Fica a sugestão.
    Lindo post, querida!

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