Sonho com tantas coisas simples e diversas vezes já me refugiei da realidade nesses "lugares" criados pela vontade e pela imaginação. É lá que apenas o Bom e o Belo existem e a miséria, o desrespeito, a ignorância, o preconceito e a maldade deixam de ter vez.
Levo também pra esse mundo as músicas, porque acredito que elas são uma forma de ligação com O Mundo Superior, seja ele como quer que você o imagine. Ah, as músicas das quais falo são as que tocam a alma, as que já existiam antes que alguém as "percebesse" e as tocasse; você reconhece essas músicas? elas te falam ao espírito e ao coração? se sim, então somos iguais; se não, bem, o mundo é feito de diferenças!!

domingo, 8 de setembro de 2013

Olinda em ritmo de MIMO.

       2 de setembro de 2004. Nessa data tinha início em Olinda, Pernambuco, a MIMO - Mostra Internacional de Música em Olinda.
       Hoje, em seu 10º aniversário, ela já transpôs os limites territoriais olindenses, chegando a Paraty e Ouro Preto, valorizando as cidades históricas brasileiras.
       Os idealizadores queriam transformar as igrejas do período colonial em palcos, e dessa forma foi feito. Conseguiram aliar a beleza barroca e clássica das igrejas a uma música eclética, onde o jazz, o erudito, o clássico, o new age e a world music têm seu espaço garantido.
        Porém, o resultado obtido no decorrer desses dez anos foi surpreendente, a MIMO se tornou o maior festival de música instrumental gratuita do Brasil, pessoas de todas as idades e tribos aportam nos locais de apresentação dos concertos e mostras de cinema (Sim, MIMO não é apenas música!).


        Olinda carece de atenção em várias áreas. Assim como em quase todas as outras cidades brasileiras, temos sofrido com o descaso e falta de respeito de políticos inescrupulosos. No entanto, no que se refere à arte e à consequente riqueza de estilos, estamos cada vez mais investindo nesse aspecto tão essencial da vida.
        A própria cidade é uma obra de arte a céu aberto e a criação e crescimento da MIMO tem encantado e trazido mais luz, brilho e alegria ainda à nossa rica cultura. Um exemplo desse encantamento é a atmosfera de festa que envolve cada morador e turista que aqui estava por esses dias. 
       Os ingressos gratuitos para os concertos estavam disponíveis na biblioteca, mas mesmo quem não os pegou não tinha o que temer, pois enquanto as igrejas limitavam o número de assistentes determinado por seu espaço físico, foram colocados telões nos pátios externos, em meio às palmeias imperiais, ah e aí o povo se supera, cadeiras e sarongues espalhados pelo gramado foram e são (a MIMO termina hoje.) o acompanhamento perfeito para o colorido dos ritmos das apresentações.
       Quem pensa que Olinda é apenas carnaval está redondamente enganado, claro que no período de Momo ela se torna ainda mais brilhante e colorida, mas a arte, em todas as suas facetas, faz parte da vida do olindense. Suas ladeiras e o Sítio Histórico são as testemunhas permanentes dos seresteiros, cantores, artesãos e pintores. O casamento da cidade com a arte está dando cada vez mais certo e a MIMO é mais uma demonstração desse sucesso.
        Cassinha querida, brigadíssima pelo comentário no post sobre a arte italiana!!
        Beijos e uma excelente semana!!!!
        

domingo, 1 de setembro de 2013

A Apaixonante Arte Italiana.

          Sei que para a grande maioria das pessoas é a música francesa que traduz e representa o romantismo em toda sua essência, para a maioria.....
         Para mim sempre foi a música italiana que conseguiu mexer com as fibras do meu ser, sempre foi ela que tocou no mais fundo da alma. Desde a infância escutava e viajava ao som das letras, da melodia e do sofrimento que eram tão concretos nos rostos dos cantores, eles se entregavam de tal forma que pareciam estar ali apenas fisicamente. Hoje, relembrando aquele tempo, percebo que nada mudou, o fascínio e a emoção continuam os mesmos.
        A Itália, assim como o Brasil, é um país predominantemente musical, mas além disso, os italianos são excessivamente passionais e esse sentimento também faz parte de suas músicas, de sua forma de reverenciá-las, não é apenas um artista interpretando uma canção, é uma pessoa que, ao cantar, se entrega totalmente às sensações evocadas por aquela canção.
         Menos não se podia esperar desse povo, afinal foi lá que nasceu a Ópera em fins do Século XVII, foi lá que o Renascimento, e toda a redescoberta e beleza que ele representa, surgiu entre os finais do Século XIV e meados do XVI, foi lá que estavam os maiores artistas, escultores, pintores, como Donatello, Michelângelo, Da Vinci, Botticelli, Rafael. Esses homens foram os responsáveis por algumas das mais belas obras de arte que existem até hoje no mundo.
          Amo o Renascimento Italiano, acho que foi a volta da Luz ao mundo, foi o período em que a verdadeira beleza e inspiração reinavam na terra
Primavera - Botticelli, de 1482


Escola de Atenas - Rafael, 1509

La Scapigliata - Leonardo Da Vinci, 1490 ou 1508

          Iniciei o post falando sobre a música italiana, mas é impossível se falar da Itália sem mencionar todas as outras artes que tão perfeita e dramaticamente são inerentes à cultura daquele povo.
         A beleza sempre fez parte da Itália, o primor artístico em todas as suas facetas é parte inconteste daquele país. 

Pietá - Michelangelo, de 1499
        Renato Russo disse uma vez que não gostava de cantar música romântica em português, achava brega, por esse motivo ele cantava em italiano, ele amava a língua, e assim como eu, acreditava que era nela que melhor se falava de amor.
         Diversas gerações de artistas marcaram aquele país e formaram sua cultura. A Pintura e a Escultura hoje já não possuem o mesmo fervor criativo de alguns séculos atrás, mas a música continua a ser o ponto forte italiano, os novos cantores, os novos arranjos, as novas composições continuam a encantar e emocionar como antes.
         Andrea Bocelli, Laura Pausini, Eros Ramazzotti, Tiziano Ferro, Guido Renzi, Amedeo Minghi, Dori Ghezzi, Luciano Bruno, Mafalda Minnozzi, Claudio Baglioni e tantos outros nomes praticamente desconhecidos do mundo fora Itália, continuam perpetuando essa maravilhosa arte. 
         É maravilhoso fechar os olhos e se entregar às emoções que transbordam dessas músicas, é como estar em outro mundo, a música tem esse poder e a italiana mais ainda.







        Para quem está em São Paulo, há uma exposição Renascentista com 57 obras, "Mestres do Renascimento: Obras-primas italianas" (Um sonho!!!) no Centro Cultural Banco do Brasil, imperdível!
       Cintia, brigadíssima querida pelo comentário no último post!
       Beijos a todos e uma semana linda e tão perfeita quanto as músicas italianas!!!