Sonho com tantas coisas simples e diversas vezes já me refugiei da realidade nesses "lugares" criados pela vontade e pela imaginação. É lá que apenas o Bom e o Belo existem e a miséria, o desrespeito, a ignorância, o preconceito e a maldade deixam de ter vez.
Levo também pra esse mundo as músicas, porque acredito que elas são uma forma de ligação com O Mundo Superior, seja ele como quer que você o imagine. Ah, as músicas das quais falo são as que tocam a alma, as que já existiam antes que alguém as "percebesse" e as tocasse; você reconhece essas músicas? elas te falam ao espírito e ao coração? se sim, então somos iguais; se não, bem, o mundo é feito de diferenças!!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Pavarotti, há 5 anos....

         O tenor que popularizou a ópera, o cantor que foi chamado ao palco mais vezes (165), que gravou o álbum erudito mais vendido da história, a voz que veio a se tornar a mais famosa do mundo: Luciano Pavarotti! Hoje faz 5 anos que sua voz deixou de passar por seus lábios, mas continuamos a ouvi-lo e a vê-lo, graças aos diversos meios de eternização que fazem parte de nosso mundo.
         

                                                                       
         Na verdade seu sonho era ser jogador de futebol (assim como Andrea Bocelli e Julio Iglesias), mas ainda bem que não conseguiu. Sua influência musical veio do pai, que segundo Pavarotti, era um tenor, embora nunca tenha seguido carreira artística. Mas foi ouvindo as gravações paternas que ele iniciou seu treinamento vocal, tendo iniciado seus estudos musicais em 1954 com Arrigo Pola, um tenor profissional em Modena. Em 1955 ele cantou e fez sucesso pela primeira vez, dizendo mais tarde, que essa havia sido a experiência mais importante de sua vida e foi ela que o inspirou a ser um cantor profissional. 
         Mas o Pavarotti do início da carreira não tinha o reconhecimento do Pavarotti ovacionado pelo público, e para se sustentar ele tinha dois empregos, um como professor de uma escola primária e outro como vendedor de seguros... difícil associá-lo a situações que não tenham ligação com a música, pra mim é como se ele sempre tivesse sido o Grande Tenor, mas não foi assim.
         Ele começou sua carreira como tenor em pequenas casas de Ópera regionais, fazendo sua grande estréia como Rodolfo em La Bohéme, no Teatro Municipal de Reggio Emilia, em 1961. A partir desse momento as diversas casas de Ópera da Europa passariam a conhecê-lo e se emocionar com suas apresentações, como a Ópera Estatal de Viena e a Royal Ópera House. Sua estréia na América se deu na Grande Ópera de Miami, em 1965. Mas, como a televisão é o maior meio de difusão, com Pavarotti não seria diferente, em 1977 ele fez sua primeira apresentação televisiva, interpretando Rodolfo, de La Bohéme, em decorrência dessa apresentação ele recebeu inúmeros Grammys e discos de ouro e de platina. Pavarotti, então, começou a ser conhecido do grande público! Mas foi apenas em 1990 que ele se tornou mundialmente conhecido, na apresentação dos Três Tenores com José Carreras e Plácido Domingo, no encerramento da Copa do Mundo em Roma, sendo regidos por Zubin Mehta.



           Nessa mesma década ele lançou o projeto "Pavarotti & Friends", coleção com todas as apresentações entre 1992 e 2000, composta por uma série de shows beneficentes, com participação de músicos como Zucchero, Andrea Bocelli, Bryan Adams, Michael Bolton, Eros Ramazzotti, Jon Bon Jovi, U2, Sting, Caetano Veloso(único brasileiro que participou do projeto e que está no Álbum For Cambodia & Tibet, 2000) e vários outros artistas. É um show pra ser assistido sem pressa, porque nos traz nostalgia e a certeza de que apresentações como essas nos elevam e tornam melhores.



           Sua última apresentação em ópera aconteceu em 13 de março de 2004, no Metropolitan de Nova York, ele apresentou a ópera Tosca, de Puccini, porém a última vez que sua voz ecoou ao vivo foi em fevereiro de 2006, na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Turim. Depois disso o Grande Tenor começou sua batalha conta a doença que o destruiu, câncer no pâncreas.
          Ele recebeu inúmeros prêmios, sendo o último o de Excelência na Cultura da Itália, que foi concedido pelo governo italiano. Pavarotti foi um devotado a sua paixão e transmitiu isso a toda uma geração de seguidores e admiradores, entre eles pessoas famosas ou desconhecidas, por essa devoção ele incentivou as iniciativas do teatro Scala de Milão, com o intuito de organizar o Concurso Internacional de Canto Luciano Pavarotti, afinal ele dizia: "Sempre pensei que o entusiasmo, a devoção e o ânimo que transmitimos aos jovens são nosso verdadeiro valor e nossa força." Penso que Pavarotti foi um missionário, e sua missão, que ele desemprenhou tão bem, era divulgar uma arte esquecida e inacessível, a Ópera e toda beleza, emoção e paixão que ela representa.

          Saudades do Grande e eterno Tenor!

          Pra não deixar passar em branco, dia 5 nosso querido Freddy Mercury teria completado 66 anos, não fiz um post em homenagem a ele por já ter feito dois no ano passado, um em homenagem a seu aniversário de 65 anos, aqui, e o outro pelo aniversário de 20 anos de seu desencarne, este, para nós fãs, ele sempre estará presente, nos encantando, alegrando e vivendo!
          Cassinha e Léia, beijos e obrigada pelos comentários queridas!!!!


5 comentários:

  1. Minha querida sensível e linda amiga,tenores como Pavarotti,Caruso,Vicente Celestino nos fazem falta no mundo de hoje com essa invasão de barulho, que chamam de música,infelizmente são poucos jovens que prezam o valor de uma boa ,pura e elevada música.Graças á Deus nós possuimos a tecnologia e podemos ouvir,ver apreciar o magnifico Pavarotti atravéz do dvd cd e eu ainda tenho o lp.Como sempre você nos emociona com seus textos e a sua sensibilidade,vamos assistir o video e nos deliciar com o mavioso e único som do grande Luciano Pavarotti.Beijo grande no seu coração

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  2. Ufa salvos pelo gongo em Nadja depois do post anterior só um Tenor de categoria para abrilhantar nosso olhos e ouvidos. Infelizmente perdemos esse mestre, mas suas obras seguiram eternas. Uma curiosidade que eu gostei ele trabalhou com Seguros assim como eu atualmente, claro que eu não serei uma cantora de ópera... kkk Mas serve de exemplo para continuarmos na batalha da persistência em consegui algo melhor. E viva ao Pavarotti que está encantando o céu.

    Beijos Nadja, excelente post!

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  3. Poxa, quantos posts lindos que li hoje, passei um tempo sem conseguir acessar a internet e hoje tive uma surpresa maravilhosa, post sobre Chico Buarque, tua reflexão sobre o tempo, Pavarotti - já se fora 5 anos, parece que foi há tão pouco tempo - adorei mesmo todos eles, espero agora conseguir acompanhar em tempo real.
    Super beijo!!

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  4. E como passa o tempo, já se vão cinco anos sem Pavarotti! É tão estranha essa sensação, a gente vai vivendo e vendo pessoas tão ‘importante’ partirem antes de nós. Como fa-zem falta!
    Sabe, acho que devido ao fato de que não se ouvia música em casa, eu só vim a apreciar a Ópera mais tardiamente e também, graças a cantores como Pavarotti, cuja fama fez enobrecer, ainda mais, esse estilo musical.
    É como eu digo: o céu está ficando mais interessante do que aqui!
    E o querido Freddy, quantas saudades! Outro insubstituível, que hoje está no além, cui-dando dos peludinhos (ele tb amava gatinhos... hehehe).
    Saudades né, Nadja! A mente enche-se de saudades, os olhos lacrimejam e os suspiros saem incontidos! Muitas saudades!!!
    Beijinhos

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  5. Nadja, adorei saber mais detalhes da vida do Pavarotti. Eu tinha grande admiraçao por ele, mas não conhecia detalhes da sua história.Parabéns pela escolha das músicas que enfeitaram o post. Ave Maria é uma música que sempre me arrepia. Nessun Dorma, de Puccini, então, leva a gente às alturas, tanto pela letra como pelos acordes.
    Mais um post emocionante! Parabéns, querida!
    Beijo!

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